Sem ter a quem recorrer, Sherazade pede um empréstimo ao seu chefe Onur. O empresário concede o dinheiro à arquiteta, mas exige em troca uma noite com ela. Relutante, mas sem outra opção, a protagonista aceita a proposta e usa o dinheiro para pagar o tratamento do seu filho.
Com esse enredo, a trama traz à tona um debate sobre leucemia. Apesar de bastante conhecida, a doença ainda causa muitas duvidas nas pessoas. De acordo com hematologista Nelson Tatsui, diretor técnico da Criogênesis, uma clínica de preservação de células-tronco, a leucemia é resumidamente doença dos glóbulos brancos.
“As primeiras descrições diziam que o sangue do paciente mudava de cor. Só depois foi descoberto que a leucemia é uma doença em que os glóbulos brancos crescem desordenadamente”, explica o médico. “O sangue é produzido pelas células-tronco presentes na medula óssea. Por algum motivo, seja ele genético ou não, a medula pede o controle e os glóbulos brancos passam a crescer de forma desordenada. E essa invasão de tecidos acaba atrapalhando a produção normal de células sanguíneas”, completa.
Segundo Tatsui, a incidência de leucemia na população é muito rara, mas ela costuma aumentar com o tempo. “Isto é, trata-se de uma doença mais comum em pessoas com mais idade. Existem vários tipos de leucemia, uma delas é a leucemia linfocítica aguda, que é mais comum em crianças e em pessoas com mais de 40 anos de idade”, conta o doutor, relacionando ao caso de Kaan.
Kaan passa por tratamento no hospital – Divulgação/Band
Ainda de acordo com o diretor técnico da Criogênesis, há várias maneiras de tratar essa doença. “Dentre os tipos de leucemia, podemos classificá-las em quatro grandes grupos: aguda, crônica, mielóide e linfóide. Cada um dos grupos responde melhor a um tipo de tratamento. O primeiro tratamento mais reconhecido é a quimioterapia, que visa combater o crescimento dos glóbulos brancos através da radioterapia. Outra forma de tratamento é a transfusão de sangue com administração de antibióticos. Por fim, há também o tratamento realizado com o sangue do cordão umbilical. Lá, as células estão muito imaturas e elas têm uma compatibilidade natural com a criança”, afirma o especialista.
Para Tatsui, no caso da leucemia, a melhor opção é buscar um tratamento que não seja o próprio paciente. “Isto é, procurar um doador que seja compatível. A grande preocupação é saber se há alguém compatível. A chance de ser compatível com os pais é muito diminuta, já com irmãos é muito grande, em torno de 25%. O problema é que estamos vivendo em uma sociedade de filhos únicos. E a cada 100 pessoas que procuram um transplante de medula óssea, apenas 30% encontram um doador ideal nobanco mundial. Por isso, a preservação do sangue do cordão umbilical é uma forma prevenção”, finaliza o doutor.
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Fonte: BAND
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